Conseguimos uma entrevista exclusiva com o Léo Noronha, coração do Expresso Cidadania! Confira:
Até agora, nesta primeira fase do Expresso Cidadania 2010, o que mais te chamou a atenção?
O interesse dos alunos, professores e diretores e sua vontade de participar do Expresso. Por outro lado, a precariedade da educação em Minas Gerais e a onipresente afirmação de que não há laboratórios e bibliotecas decentes na maioria das nossas escolas públicas estaduais, sem falar na reclamação geral quanto à política salarial para a educação.
Alguma cidade, escola, grupo, aluno se destacou? Por quê?
Passamos até agora por cidades que, suponho, sejam de IDH semelhante. Barbacena, Varginha, Campo Belo, Patrocínio, Ituiutaba certamente se enquadram nessa hipótese. Unaí, tenho dúvidas, seria bom checar. Mas ainda assim encontra-se próxima e sob a influência de Brasília, o que é positivo em vários aspectos, além de ser região de expansão de fronteira agrícola, portanto, em desenvolvimento.
Por isso, em todas as cidades, o nível tendeu a ser razoável, sem maiores destaques coletivos Duas exceções pessoais merecem menção. Uma é a jovem líder estudantil Maria (o sobrenome não me lembro), de Ituiutaba, que denunciou a supressão da disciplina História do rol de matérias oferecidas ao alunado, segundo ela em função de diretriz normativa da Secretaria de Educação obrigando as escolas a escolherem entre física, química, geografia, história e biologia, uma delas a ser eliminada. A menina é firme, corajosa e articulada. Tudo que se precisa para exercer liderança política.
Outro destaque foi a equipe teatral da Escola Virgílio Melo Franco, de Unaí, que apresentou emocionante esquete sobre cidadania, montado em tempo recorde para saudar a presença do Expresso na sua cidade. Fizeram tudo em uma semana!
O projeto está conseguindo cumprir seus objetivos? Quais os pontos positivos e negativos até agora?
Acho que sim. Estamos plantando uma semente, ou lançando uma gota de água sobre o incêndio:-) O esforço é meritório e dá um pouquinho de paz à consciência, não mais que isso, admito. Amplia-se um pouco o número de eleitores facultativos e sobretudo, consegue-se engajamento de alguns na atividade política estudantil e mesmo partidária, sem falar na elevação da autoestima dos que são contemplados com a visita. Mas é preciso que um projeto como o Expresso seja transformado em PROGRAMA DE GOVERNO e multiplicado por dez, em caráter permanente, o que demanda a apropriação da idéia pelo Executivo, penso eu, e com disponibilidade orçamentária para a montagem de umas dez equipes iguais à nossa, atuando ao longo de todo o ano pelo Estado. Pelas minhas contas,cada equipe visitaria um pouco menos de cem cidades a cada três anos. Isso viabilizaria a ida a TODOS os municípios mineiros em três anos. Cumprido o giro, seriam alterados palestrantes, esquete teatral, oficinas, etc, numa remodelação que agregasse novos conceitos e abordagens. Ambicioso? Lunático? Utópico? Rs. NECESSÁRIO, se se quer realmente incorporar o jovem ao processo político!
Outras considerações?
O Expresso pode e deve ser integralmente exibido por toda a TV pública, a começar da TV Assembléia. E pode dar ensejo ao surgimento de um programa de televisão que tenha sua equipe de criação encaminhando entrevistas e bate-papo com platéias presencial e virtual. Mas o virtual fica sempre devendo ao presencial, em se tratando de educação, disso não tenho dúvida.
quarta-feira, 31 de março de 2010
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